domingo, 6 de fevereiro de 2011

...Vou para Porto Alegre tchau – 30/01/2011

De volta à terra do chimarrão, da gurizada e do tri legal! Deixo registrado todo carinho e agradecimento a quem participou da organização - Luis Felipe e Alcindo, do nosso acolhimento – Patrícia, Igor e Rafael, das nossas atividades – Maria Luisa, Professoras Izabella e Marilise e aos profissionais e usuários que tiveram paciência com as nossas dúvidas e questionamentos, e aos meus colegas, que assim como eu, aceitaram embarcar nessa missão... Missão VER-SUS. Obrigada a todos por quinze dias de muita risada, muitas fotos e muito aprendizado!

Inauguração da Estação OTICS – 29/01/2011

Após conhecermos a Clínica da Família Olímpia Esteves em Padre Miguel, participamos da Inauguração da Estação OTICS. Foi feita algumas apresentações de outras Unidades e algumas apresentações culturais (músicas e danças). Depois da abertura do OTICS o grande grupo fez uma breve análise dos últimos quinze dias. Ficando combinado de nos encontrarmos nos dias 23 e 24 de fevereiro para uma análise mais completa. Esse Ver – SUS vai deixar saudade... Saímos cheio de respostas e com mais dúvidas. Que venha a próxima Vivência e Estágio na Realidade do Sistema único de Saúde.


Mini – curso de Epi – Info – 27/01/2011 e 28/01/2011

Durante esse dois dias o Coordenador de Informação Estratégica em Vigilância em Saúde, Márcio Henrique de Oliveira Garcia, e sua equipe trabalharam com o grupo os seguintes conteúdos:

v  Principais componentes do Epi Info Windows;
v  Criando um banco de dados;
v  Calculando medidas de tendência central e dispersão;
v  Introdução à análise de dados;
v  Incidência, prevalência e risco;
v  Estudo dirigido;

Esse mini - curso teria sido mais produtivo se tivéssemos feito nos primeiros dias ou em um curso intensivo em Porto Alegre. De qualquer forma foi importante ter um primeiro contado com essas ferramentas. Espero que possamos dar continuidade na nossa cidade.

Um dia de Rocinha... 26/01/2011

          Acompanhamos um manha de trabalho de um agente de saúde da Clínica da Família responsável pela área da Rua 4. Passamos por becos apertados, vimos esgoto a céu aberto, pessoas armadas com fuzil e arma de porte pequeno, fios para todos os lados, motoqueiros sem capacetes, enfim, casas nas quais é difícil de acreditar que possam ser habitadas. A população dessa região nos recebeu muito bem: contaram um pouco de sua história, nos deram água gelada e uma criança ainda me mostrou como se solta uma pipa. No turno da tarde eu e o Gustavo acompanhamos outro agente comunitário pela área Cachopa. Esse agente me disse que a Rocinha não é uma comunidade carente, é uma comunidade eficiente. Toda a estrutura de moradia foi construída por eles. Foi o cenário que mais me emocionou. Não esquecerei o que vivenciei por lá e nem o que aprendi.

Oficina de Postais – 25/01/2011

Quem sou eu? O que gosto? O que não gosto? O que quero? O que não quero? Essas foram às perguntas que deram início a Oficina ao retratarmos desenhando e escrevendo pequenos arranjos de palavras como nos definimos. Dessa forma descobrimos um pouco mais do outro. Descobrimos um pouco mais de cada colega. Após, as “apresentações” analisamos os postais já em circulação e em pequenos grupos formamos idéias a respeito de como devem ser efetuadas a confecção e a entrega dos postais. Seguem algumas das idéias formuladas pelo grupo:

v  Oficina de postais para serem confeccionados pela própria comunidade;
v  Oficina de fotografia no qual o postal é o próprio retrato da comunidade;
v  Entrega gratuita dos postais via correio em pontos estratégicos (unidade de saúde, escolas...).

sábado, 5 de fevereiro de 2011

CAPS III Rocinha – 24/01/2011

O Centro de Atenção Psicossocial é um serviço aberto, comunitário, que oferece atendimento diário. A unidade conta com profissionais de nível superior (médicos psiquiatras, enfermeiros, psicólogos, terapeutas ocupacionais, musicoterapeutas, nutricionistas e assistentes sociais), de nível médio (administrativos, técnicos de enfermagem e oficineiros) e de nível elementar. O  CAPS III foi batizado de Maria do Socorro Santos - Pintora e militante do movimento da luta antimanicomial do Rio de Janeiro. O grupo conheceu as dependências do Centro e conversou com os profissionais e usuários que lá estavam presentes. Os usuários participam toda semana de uma reunião para que seja feito o registro a respeito das sugestões, elogios e/ou reclamações por parte de quem utiliza o sistema de saúde. Foi possível perceber também a relação salutar dos profissionais com os que fazem tratamento no centro. Esse é um cenário de aprendizado constante...   


Dia Livre – 23/01/2011

           Livre de programação o que não significa que seja livre de discussão. Não importa aonde cada integrante vá o assunto saúde / doença está sempre presente. No turno da manha diante do Cristo Redentor foi possível ver centenas de pessoas cuidando de sua saúde espiritual. No turno da tarde conversei com um cubano que falou de forma breve do Sistema de Saúde de seu País. Os banhistas na beira da praia de Ipanema cuidavam de seus corpos ao se exercitarem, cuidavam da rede social e da alegria que são componentes de uma “boa saúde”. Em síntese esse dia foi apenas a extensão da programação.

Oficina de Fotografia – 22/01/2011

Certa feita o pensador Ivan Lima afirmou que a fotografia, antes de tudo é um testemunho. Quando se aponta a câmara para algum objeto ou sujeito, constrói-se um significado, faz-se uma escolha, seleciona-se um tema e conta-se uma história cabe a nós, espectadores, o imenso desafio de lê-las. E foi assim que aplicamos a teoria (breves conhecimentos das técnicas de fotografar) na pratica no Morro Santa Tereza.


Oficina INFOSaúde – 21/01/2011

Nessa Oficina foi trabalhada a coleta de dados secundários através dos sistemas de artigos disponíveis na internete. Após a Oficina iniciou-se uma roda de conversa com o grande grupo a respeito da diferença entre Educação Continuada e Educação Permanente. A primeira utiliza um conhecimento disciplinar (caixinhas fechadas) tendo passividade no aprendizado. A segunda utiliza um conhecimento interdisciplinar (caixinhas abertas e interligadas) tendo protagonista na aprendizagem. Após a discussão muitas dúvidas foram resolvidas e muitas outras foram criadas.

UPA Manguinhos – 20/01/2011

A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Manguinhos faz parte do Complexo de Atendimento à Saúde que integra as obra do Programa de Aceleração do Crescimento. A coordenadora da UPA Dra Valeria Moll nos recebeu e explicou o funcionamento da Unidade. A instituição utiliza a escala de classificação de risco de Manchester que utiliza cores para graduar o tempo de atendimento médico: vermelho –emergente (atendimento médico em até 15 minutos); laranja– muito urgente (atendimento médico em até 30 minutos); amarelo – urgente (atendimento médico em até 01 hora); verde – pouco urgente (atendimento médico em até 02 horas); e azul – não urgente (atendimento médico em até 03 ou 04 horas). Após conhecermos as dependências da unidade nos dirigimos a Biblioteca Parque Manguinhos onde tivemos a oportunidade de interagir com a comunidade. Essa biblioteca encantou a todos pela infraestrutura. É um local onde é possível ler livros e revistas, ver filmes, participar de oficinas, ouvir música, navegar na internete, enfim, é um ótimo lugar para se tratar a saúde social pela formação de redes sociais.

Posto de Saúde Dr. Alvimar de Carvalho – 19/01/2011

          Usuários esperando atendimento, infraestrutura antiga e odor de esgoto foram às características mais opostas em relação à Clínica da Família Dr. Hans. Infelizmente, não tivemos a oportunidade de conhecer as dependências do Posto de Saúde. No dia 17 de janeiro já tínhamos ido a essa organização para participar da Oficina de Blog. Todavia, foi no dia 19 que tivemos contato com uma profissional de saúde (enfermeira) que apresentou uma “palestra educativa” a respeito da Hanseníase. Pra ilustrar a profissional convidou três integrantes da mesma família portadoras da doença. Foi praticamente uma aula de anatomia com cadáveres vivos. A profissional afirmou que essa doença não se descobre perguntando para o usuário e sim o examinando. Não a questiono como profissional, afinal não fui atendida por ela. No entanto, como educadora só posso dizer que ela nunca ouviu falar em Paulo Freire.   


Clínica da Família Dr. Hans Jürgen Fernando Dohmann - 19/01/2011

Os estudantes participantes do Ver-Sus retornam a Clínica da Família com intuito de colocar em prática os conhecimentos obtidos na Oficina de Vídeo. O grande grupo é dividido com objetivo de efetuar algumas imagens para que sejam utilizadas em um possível documentário. O meu grupo composto por Raíssa, Natássia e Gustavo não obteve êxito com o que era planejado, pois havia pouca demanda a respeito da saúde da mulher. Dessa forma, o pequeno grupo partiu para o plano “b” que era de conhecer / conversar com os profissionais e com os usuários a respeito do processo de trabalho e atendimento da Clínica. Foi possível compreender melhor o fluxo de funcionamento e conhecer a opinião dos que utilizam os serviços prestados pelo Sistema único de Saúde – SUS.

Oficina de Vídeo - 18/01/2011


Filmadoras, máquinas fotográficas, gravadores são ferramentas utilizadas para que seja possível dar voz a quem não é visto ou de fato dar ouvidos? Após a Oficina coordenada por Sérgio Brito da Fiocruz é possível afirma que as filmagens são uma prática de arte que faz com que o Estado e a Sociedade Civil dêem ouvidos as falas de determinada população. Para que isso seja possível é importante seguir um pré-roteiro / roteiro aberto que faz com que o trabalho seja organizado, planejado, mapeado e que as tarefas sejam realizadas em equipe. Manusear a máquina e aprender algumas poucas técnicas de filmagens foram importantes para a aplicação nas atividades posteriores a essa oficina. No entanto, o melhor foi compreender, como dizia Foucault, que a realidade é muito mais rica do que a imaginação.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Clínica da Família Dr. Hans Jürgen Fernando Dohmann - 17/01/2011

A Clínica da Família Dr. Hans Jürgen Fernando Dohmann, em Pedra de Guaratiba tem o propósito de beneficiar cerca de 16 mil moradores da região. Possui oito consultórios médicos, salas de ultrassonografia, raio-x, de observação clínica, procedimentos, curativos, coleta e de saúde bucal, entre outros serviços. O processo de trabalho tem o seguinte fluxo: Porta de entrada – cadastro dos usuários feito a domicilio pelos agentes de saúde; consulta com o clínico geral; palestra educativa e encaminhamento para a consulta específica e/ou academia.  A forma de cadastro, a domicilio, é uma maneira de se constatar que o processo saúde / doença não se restringe ao corpo biológico. Deve-se, portanto, verificar os determinantes sociais que permeiam esse usuário para que seja feito o encaminhamento adequado.

A Clínica foi a primeira a inaugurar a Academia Carioca de Saúde e Envelhecimento Saudável, espaço voltado a todos os usuários da unidade, principalmente os hipertensos e diabéticos. É uma unidade que trabalha também com a “não-doença” no qual a saúde é tradada das seguintes formas: Saúde corporal; saúde biológica; Saúde mental e saúde social (criação das redes sociais). Em suma a clínica é um grande investimento tanto financeiro quanto social fazendo do Rio de Janeiro uma cidade mais saudável.

domingo, 23 de janeiro de 2011

E o Rio de Janeiro continua Lindo...

Depois de uma rápida viagem desembarcamos no aeroporto Santos Dumont e fomos recebidos por três integrantes da Fiocruz - Igor, Patrícia e Rafael - que organizaram o nosso deslocamento até o Hotel Fazenda Jungle na Barra da Guaratiba onde ficamos hospedados do dia 16 ao dia 20. No caminho foi possível perceber que o Rio de Janeiro continua lindo em relação à beleza natural. Todavia, cheio de problemas sociais com aqueles que são excluídos / isolados pela sociedade. Durante o caminho foi possível fazer uma breve análise dos diferentes cenários dessa cidade maravilhosa.
 

Porto Alegre é que tem um jeito legal...


Em uma tarde ensolarada cerca de quinze estudantes dos cursos de Saúde Coletiva, Educação Física, Odontologia, Fisioterapia, Psicologia e Medicina e três professores do curso de Saúde Coletiva se encontraram no antigo aeroporto de Porto Alegre rumo ao Rio de Janeiro. O Projeto VER - SUS é o que fez a união de todos nós. Esse projeto tem por objetivo promover a integração dos futuros profissionais à realidade da organização dos serviços, levando - se em consideração os aspectos de gestão do sistema, as estratégias de atenção, o controle social e os processos de educação na saúde. Orientado pela abertura do sistema de saúde como espaço de ensino e aprendizagem para os estudantes da área da saúde, o VER-SUS pretende tornar presente para os estudantes as ações de construção do sistema de saúde.